No âmbito do Projeto “Conservação e Gestão orientadas para o Mexilhão-de-Rio (Margaritifera margaritifera)”, a sua coordenadora Quercus dinamizou rodas de conversa com os cidadãos residentes no município de Amarante com o objetivo de perceber as tradições locais de utilização do mexilhão-de-rio e a perceção da população local sobre a extinção do mesmo.

Cada região possui a sua identidade cultural própria e a região de Amarante não é exceção e, por esse motivo, a Quercus decidiu perceber melhor qual é a utilização e valor simbólico que o mexilhão-de-rio possui para os amarantinos. As rodas de conversa foram dinamizadas com a parceria da Câmara Municipal de Amarante que convocou vários atores sociais de diversas áreas de atuação, nomeadamente pescadores locais. A metodologia das rodas de conversa tem a vantagem de permitir um contato mais direto e de carácter informal com a população, o que se afigura benéfico para o estabelecimento de uma relação de confiança com estes e abre caminho para a realização de mais ações como esta.

O feedback dos participantes foi positivo e toda a informação recolhida nestas conversas irá ser fulcral para entender o fenômeno da extinção do mexilhão-de-rio.

O projeto “Conservação e Gestão orientadas para o Mexilhão-de-Rio (M. margaritifera)” teve início em 2018 e está já na fase final. A sua componente técnico-científica está assegurada pelo Consórcio MCG Margaritifera, composto pelo Instituto Politécnico de Bragança, Faculdade de Ciências – Universidade de Lisboa, ICETA/ CIBIO-InBio – Universidade do Porto, Universidade do Minho, Freshwater Lda, BIOTA Lda e Universidade de Aveiro.
Este projeto é cofinanciado pelo POSEUR (Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos) e pelo Fundo Ambiental, o investimento do projeto é repartido pela componente técnico-científica, pela requalificação deinfraestruturas (Posto aquícola de Castrelos – Bragança) e pela comunicação e disseminação do mesmo.

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